sábado, 11 de agosto de 2007

Berrante!

Berrante!

Diante de meus olhos distantes
armados de lentes frustradas:
Vemos carne da própria carne
Seguirem o som de um Berrante

Diante... não errante
inegavelmente amantes
– intinerariante.
Meus olhos distantes
armados até os dentes
– soldados
acordados montando a guarda
Lado-a-lado, como só os corpos são capazes

Entrele e ela uma linha entrela
entala numa forma de horizonte – Berrante
Todos beram.
Todos movimentam.
Sangram.
Numa norma.
Revela-se na lente um disfarce.

Espelho, espelho meu existe alguém mais disfarçado do que eu?

O amor me veio como raiva
Mau olhar me via – ria
A lente embaça – racha

Eu era a violência
Eu era a derrubada do xoque
Eu era bastilha no chão – Era o próprio chão
Eu era a comuna de pé
Eu era o assalto – Mãos ao alto!
Eu era o que eu seria
Se meu espelho falasse.

Cale-se idiota!

De pé!
Era essa a linha: um limite
O carvão é diamante
O arrame é farpado, atrasado
Berram todos mutilados

Em guarda!
Toda parte de tudo multi-lados
Diante da linha sou angustia
Do meu lado vou avante

Na brutal
Idade di-
amante, cica
triz agonizante
duas minhas no horizonte
(paralelas cortadas por transversais)

Nos meus olhos estou presente
Cercado pelo atraso. Embaça lente.

Diante dos meus olhos:
sou só amante.
Não sigo nenhum berrante
Assalto tudo – Mascarado.
Um olhar cicatrizante.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Daniel gostei muito de seu Blog, também tenho um blog onde escrevo da uma olhada www.compasso5.blogspo.com.
Parabéns, abraço.