quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Fábula da rolha

Fábula da rolha

O que entendo da vida se anuncia
planos, ensaios, ciúmes... prepotência
é tudo que inicia sem conseqüência
e aquele que duvida renuncia.

Usar tudo. Explorar com imprudência
Usá-lo, o cotidiano, a denuncia
entretanto se usar da impotência
usar as coisas como pronuncia.

A renúncia é escolha se invertida!
A duvida renasce. Uma escolha.
Segunda escolha: É sobrar saída.

Futuro é o sonho de quem olha
o presente enquanto forma de vida.
Entre o futuro e a escolha: Uma rolha.

geração espontânea

geração espontânea

de um meio
medo que veio
de um medo
meio de mim

meu medo
veio do meio
de um veio
mesmo assim

de um veio
medo de sim
-plesmente em
veio de mim

eu não estou
mais afim
de um viveiro
atrás de mim

terça-feira, 4 de setembro de 2007

de um meio medo em mim

de um meio medo em mim

Saber o que queremos, sem possuir
alguma relação com o que somos,
distorce o que pretende construir
a nossa ousadia. Nós a sós amamos!

Na imaginária busca da paciência
criamos tudo enquanto somos vida.
Cristaliza-se nossa consciência.
Só ousa-se amar quando há saída.

Variações... vaidades... de que o receio
de se amar decida nosso medo,
que é o sobressalto de um segredo.

Ao passar criamos, sós, um arremedo
além de se amar, deseja o amor, que veio
dividir a ousadia de qualquer meio.

do nosso lado

do nosso lado

A esmola explora nossa história,
pois é tão loca, quando a olhamos
e justa quando se é vitória.
Sim. Dê os versos como amamos.

Sim. Chegue perto. É verdade...
que é loucura dar saudade,
pois se é mentira, é masmorra,
Encare a carne até que morra.

A esmola explora nosso orgulho
Masmora em pé e sobre entulho.
Sim. Dê-me a carne e vá calado...

Encare a esmola como sorte.
Encare a carne já que a morte
está sorindo ao nosso lado...

Retrato dissonante

Retrato dissonante

Por detrás das agruras do destino,
incondicionalmente se atrapalha
em avançar pra próxima batalha,
porém nossa bandeira entoa o hino.

Flagelados procuram seus pedaços
de destinos voando pros espaços.
A desvendar a agrura, uma sutura.
O fogo queima a pela, uma fritura.

Pela continuidade ecoa apolítica:
dos pedaços largados isolados;
dos urubus comendo carne crua;

dos fantasmas perdidos e sem crítica;
por detrás das agruras dos coitados,
a menina, sozinha, corre nua.

domingo, 2 de setembro de 2007

de onde nascem as almas?

Ah! Se eu entendesse sobre o medo,
logo nada seria proibido.
Na insônia sofreria perdido,
a investigar esse segredo.

A alma teme o seu restante,
como sonâmbulo acordado
– bússola magnetizada –
fim de tudo tornou-se errante.

Labirinto de tramas sem
fim... O tempo na minha palma,
que como as verdades, renascem.

A morte do tempo te acalma.
Lugar que as finitudes nascem
Próximo da cova de uma alma