segunda-feira, 24 de setembro de 2007

esparramando

esparramando

acordei
ruminando a noite passada.
não preguei o olho
agora o olho me pregava.
Sem saber nada do que se passava
comigo ela teve amizade.
Agora o olho me pegava inventando verdade.
Dormi. Digo, deitei ainda sujo. Sujei
esparramando na cara
agora o olho me pregava
uma peça rara

a noite passada ela me deixou mulher
ele mulher me invadiu noite passada

lacrimejava
ruminando aquela noite
não preguei o olho, mas não quer dizer nada
estava intoxicada, ainda suja. Sujei
toda sua cara
agora meu olho te pregava
o homem a meu lado sonhava
acordava e se deixava largada
sozinha
na cama
esparramada

meu olho se abria
ele me deixava ela me seguia.