sábado, 1 de setembro de 2007

Compor ação

Compor ação

Nestes versos sem compromisso,
sou só mais um dos maltratados.
Há vozes por todos os lados,
cantando um refrão quase omisso.

Quando versos sofisticados
blindam o discurso da ação,
Basta criar um som, canção,
entre todos os mutilados.

O que me basta já não basta.
Preciso de um coração.
A taquicardia já gasta

a procura da multidão
sempre suja, se mantém casta,
perdida nessa agitação.

Bêbado de mim

Bêbado de mim

Há vozes por todos os lados...
Gritando por todos os cantos...
Há cantos por todos os gritos...
Ao lado de todas as vozes.

Quero escrever sobre o que sinto.
Me embreagar pela madrugada,
chutar as pedras do caminho,
que persistem dando risada.

Cambaleando minhas pernas,
vomitei aquela alegria,
surgindo em mim os meus invernos.

Portanto me inspira ousadia,
calando essas vozes ternas...
hipotética valentia.