Compor ação
Nestes versos sem compromisso,
sou só mais um dos maltratados.
Há vozes por todos os lados,
cantando um refrão quase omisso.
Quando versos sofisticados
blindam o discurso da ação,
Basta criar um som, canção,
entre todos os mutilados.
O que me basta já não basta.
Preciso de um coração.
A taquicardia já gasta
a procura da multidão
sempre suja, se mantém casta,
perdida nessa agitação.
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