Isca na Faísca
na raiz
da sua saliva
respiro
em sua chama,
como fogo
numa rocha:
vapor dágua
me alcança.
espaço tempo
diminuto
pé
nas memórias que me inundam.
faz do tempo
um companheiro;
a gritar por esperança.
um combate
fecundo
esconde-se na trincheira
como forma dissoluta
transformando-se ligeira.
misturando pétalas de flores
plantado num rochedo,
como-se fosse enredo
de longínquos tambores
faz do viver sua única isca.
a pesca é uma miragem;
mar e peixe, uma mensagem...
tudo isso é só faísca...
na raiz
da sua saliva
respiro
em sua chama,
como fogo
numa rocha:
vapor dágua
me alcança.
espaço tempo
diminuto
pé
nas memórias que me inundam.
faz do tempo
um companheiro;
a gritar por esperança.
um combate
fecundo
esconde-se na trincheira
como forma dissoluta
transformando-se ligeira.
misturando pétalas de flores
plantado num rochedo,
como-se fosse enredo
de longínquos tambores
faz do viver sua única isca.
a pesca é uma miragem;
mar e peixe, uma mensagem...
tudo isso é só faísca...
2 comentários:
Pensei que seria a primeira tarja também, mas já havia uma. Faz a isca, para viver. Enrede os peixes na miragem e terá apenas mais uma mensagem.
Ah, o tempo... afoga com lembranças o desejo de tudo que valeu a pena. O que me faz lembrar das palavras de Gilberto Gil:
"não adianta nem me abandonar
nem ficar tão apaixonada, que nada
que não sabe nadar
que morre afogada por mim"
Então se o tempo pode ser companheiro é porque também ele alimenta o desejo com esperança.
Eis sua isca: viver.
Muito maneiro o blog, Daniel. bela poesia! parabéns!
grande abraço.
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