domingo, 12 de agosto de 2007

AUTOPIA

AUTOPIA

A quanto tempo não via o sol nascendo
atrás da janela do meu quarto. Acendo
Assim, percebi quanto quarto eu tinha,
e quem quarto não tinha.
Quanto tempo eu não me via.
Quanto sol não me havia.

A sombra iluminada da janela,
entre o escurecido e o esclarecido sido,
endoidava cada vez mais o doido distante presente.
Ácido: acido perto da eterna
IDADE: que esclarece o sol nascente
(envelhecido pelo poente óbvio)
Óbvio uso.
Obtuso. Abuso.
Óbito uso.

Não existe história do meu quarto.
Eu só uso:
As janelas, as panelas, as portas.
Existe o sol batendo na janela. Panela
AÇO abrindo e fechando sonhos
Hábitos desse quarto que inventei.
Habitados... Açamos... Reciclamos... Eu sei.
Usei. Ei de ser se crer que sei.
Porque o sol que não me havia,
me acordou com paneladas? Indifere.
ENTE que não vê o mundo simples
MENTE do mundo que mudei
o que agora sentia
a sombra partida
partia iluminada
da janela dela
é lá que eu via:
A utopia.

Um comentário:

Liv disse...

fala...
que bom poder fazer comentários sem o risco de ser investigada...rs

Melhor ainda é vc dividir com o "mundo" o seu talento e nos dar de presente o privilégio de ler suas poesias...

saudade, amigo
bjs
Lívia